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Denominaciõs do val

1.1.4. Denominaciõs do val.

Como dávamos a conhocel ao encetal este tema do enclave linguístico nõ existe ũa maneira consensual de chamal ao nosso val.

A denominaciõ mais utilizá é VAL DE XÁLIMA. Pudera sel que esta aceciõ começara a utilizar-se trás a visita do etnógrafo e filólogo portugués dom José Leite de Vasconcelos, que nos princípios do século passau examinou o val hospedando-se em casa de pessoas principais de Sã Martim de Trebelho, escrivindo os resultaus das suas investigaciõs na sua Revista Lusitana. Nesta publicaciõ identificava o val como Val de Xalma -na sua forma portuguesa- ou como Xálima, forma local de nombral o pico as gentes dos trés lugares.

Os trabalhos de Leite de Vasconcelos foram conhocius e referenciaus por os filólogos que desde entonces estudiaram as nossas falas e por aqueles que inda agora as seguem estudando.

Pensamos que esta é a razõ por a que se popularizou esta denominaciõ, como o feito de que os primeiros vizinhos do val que sacaram à luz as nossas falas nos meios culturais foram os manhegos os que, por havel recebiu no sei lugal ao filólogo portugués, supessem daqueles escritos e da forma de nomeal ao nosso val nos mesmos.

Este nome fai referencia à elevaciõ sobre a que se assenta o terreno. Outra designaciõ, neste causo tomando como ponto de vista a cunca dum rio, é VAL DO RIO ELLAS, mais atual e que prevalece nas obras dos filólogos vindos de Galiza como o senhol doctor em filologia galega por a universidai de Santiago de Compostela, catedrático em historia e dialetologia do galego e professor da universidai de Vigo, don Xosé Enrique Costas González:  O valego. As falas de orixe galega do Val do Ellas (Cáceres – Estremadura). Edicións Xerais de Galicia, S.A., 2013.

enxergando
Sentau frente a Malhá do Rei, divisando a devesa Figuerola.

RIVERA TREVEJANA, a terceira maneira de chamal, neste causo em castelhano, ao nosso val, tamém se relaciona com a cunca, mas nõ dum rio porque ũa ribeira tem a consideraciõ de pequeno arroio de escasso caudal. Ha siu utilizá por investigadores castelhanos, alguns dos quais consideram que esta denominaciõ está mais acertá porque ademais dos trés lugares tamém engloba a Vilamel e Trevelho.

Menos barruntá, VALLE DE VALVERDE. A utiliza fundamentalmente o arqueólogo dom Miguel García de Figuerola nos seis estudos sobre os restos encontraus nestes povos: ARQUEOLOGÍA ROMANA Y ALTOMEDIEVAL DE LA SIERRA DE GATA (El Valle de Valverde. Provincia de Cáceres). 1ª edición. Edita Universidad de Extremadura, Servicio de Publicaciones. Cáceres 1.999

Esta designaciõ se aparta das aceciõs que dã os dicionários para a palavara val.

ribeira de Sabugal

Arroios e rios

1.1.3. Arroios e rios.

Por o território do próprio val nõ escorrem grandes cursos de água natural, salvo no causo do rio Erjas, que brota no término das Elhas.

Tomando o mesmo recorriu Este Oeste, temos em primeiro lugar a Ribeira Trevelhana, que nasce na divisiória dos términos de Valverde e Vilamel. Esta ribeira recebe as águas dos arroios do Telhal, Atalaia, Moncalvo, Bombarõ e Zabagaias; levando todas a vertel no rio Erjas.

O rio Erjas é um afluente, por a man direita, do Tejo. Quando transcorre por o término de Elhas, os maiores o conhocem como o arroio da Soide. Ao sei passo por Valverde recolhe as águas do rio das Adjuntas, Mal Nome, ribeira de Sabugal, rios Pesqueiro e Sobreiro, entre outros. Quando deixa o término de Valverde recebe o escasso caudal do rio Basádega, conhocio na nossa raia como rio Torto. Desde este ponto até desembocal no Tejo vai fazendo fronteira com Portugal.

Elevaciõs mais importantes

1.1.2. Elevaciõs mais importantes.

Sabemos que a Serra de Gata é o ramal ocidental do Sistema Central que discorre com certa inclinaciõ NE-SO, presentando diferências notórias nas suas proeminências, como as ladeiras de fortes pendentes e difícil acesso; os cursos fluviais percorrendo entre cunhas e mutas ramificaciõs da serra que a atravessam ou formando linha paralela com ela.

No referente a orografia, vamos a central-nos unicamente naqueles acidentes que afectam ao nosso val.

Seguindo a trajectória antes apontá, temos primeiramente o Xálima. Com os seis 1.492 metros, é o pico mais alto da Serra. A continuaciõ seguindo em direciõ oeste, nos encontramos com o Espinazo que conta com 1.332 metros de altura. Fazendo linde com a província de Salamanca e com a vizinha República portuguesa, na parte mais ao norte deste val, partindo do término de Valverde, se levanta sobre 1.261 metros o pico das Mezas. Domené Sánchez, Domingo.- HISTORIA DE SIERRA DE GATA.Edición de 2008. Página 7: La piedra que -según la tradición- sirvió de mesa a cuatro obispos, en la que -estando sentado cada cual en su jurisdicción comieron y bebieron amigablemente: el de Ciudad Rodrigo y el de Coria, españoles; y el de Guarda y Viseo, portugueses. La tal piedra da nombre a la Sierra de la Mesa.

Mas tamém poderia sel, desde o nosso ponto de vista, que o nome tuvera que vel com as formaciõs graníticas que aparecem na mesma nascente do Coa.

formaciõs graníticas na nascente do Coa
Formaciõs graníticas na nascente do Coa

Continuando a ruta oeste, mas descendendo ao largo da raia com Portugal, temos o pico dos Enamoraus formando parte da Serra de Malcata, com 939 metros; para terminal na Serra da Malvana com o pico do mesmo nome, o mais ocidental do val, com 865 metros de altura, sendo a porta que nos adentra no ramal portugués do Sistema Central.

Comarca Serra de Gata

Situaciõ

1.1.1. Situaciõ.

Os municípios falantes que configuram o enclave pertencem à comarca cacerenha de Serra de Gata. Dentro dela se assentam na banda mais ocidental, formando fronteira com a vizinha república de Portugal; por o Norte confinam com a província de Salamanca, e ao Nascente e ao Sul com o resto dos municípios da comarca.

comarca Serra de Gata
Detalhe comarca Serra de Gata

A superfície que ocupam é de 252,28 km2 , sendo o município mais extenso o de Valverde, que tem 196,76 km2 ; seguiu de Elhas com 32,55 km2 e finalmente Sã Martim de Trebelho, com 24,76 km2.

No nosso val, assina como na comarca por o comum, se dá a circunstância de que existem duas faixas de terreno bem delimitás, ao Norte as elevaciõs da serra de Gata, mentres que conforme descendemos ao Sul chegamos a peni lhanura, para terminal a comarca nas peneplanícies de rego que formam o val do rio Árrago.

O Xálima

O enclave linguístico

1.1. O enclave linguístico.

A primeira aceciõ que dá o dicionário da Real Academia da Língua espanhola, na sua vigésimo terceira ediciõ, para o substantivo valle, di que se trata de ũa llanura entre montes e alturas. A segunda aceciõ diz que se trata de ũa cuenca dum rio.

Se lançamos esta mesma consulta no portal diccionarios.com, de Larousse Editorial; se volve a definil, desde o ponto de vista da GEOGRAFIA, com os dois significaus anteriores; afirmando que se trata de ũa depressiõ de terreno alargá, mais ou menos ancha, situá entre montanhas ou tamém como a cunca de um rio.

Seguindo as anteriores definiciõs, um val é ũa extensiõ de terreno, na maior parte dos causos alargá, que se situa entre montanhas, que pode tel ou nõ um rio regando as suas terras ao que vã a morrel os demais arroios mais ou menos temporais que se formam quando chove.

Consideramos oportuno apuntal estas definiciõs para o conceito de val porque, como veremos depois, há varias oponiõs para denominal ao nosso val.